sexta-feira, 8 de julho de 2011

"Se masturbar domingo de manhã pensando na vida"



“Escolha uma vida. Escolha um emprego. Escolha uma carreira, uma família. Escolha uma televisão grande, máquina de lavar, carros, CD Player, abridor de lata elétrico. Escolha saúde, colesterol baixo, seguro dentário. Escolha prestações fixas para pagar. Escolha uma casa. Ter amigos. Escolha roupas e acessórios. Escolha um terno feito do melhor tecido. Se masturbar domingo de manhã pensando na vida. Sentar no sofá e ficar vendo televisão. Comer um monte de porcarias. Acabar apodrecendo. Escolha uma família e se envergonhar dos filhos egoístas, que pôs no mundo para substituí-lo. Escolha um futuro. Escolha uma vida.
Por que eu iria querer isto?
Preferi não ter uma vida. Preferi outra coisa. E os motivos. . . Não há motivos. Para que motivo se tem heroína?”
Mark Renton em Trainspotting 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Nunca é tarde para conhecer a banda Mogwai

Hardcore Will Never Die, But You Will (2011): Lançado pela Sub Pop e é o
sétimo disco da banda
Cinco da manhã e eu assistindo MTV. De repente vi um vídeo estranho de música instrumental, com guitarras fortes e bem delirantes,  era "Rano Pano" da banda Mogwai. Um som muito bom mesmo, mas who the fuck is Mogwai? Pro meu governo a banda existe desde 1995, é de Glasgow, já tocou no Brasil, e é um dos expoentes do chamado post rock. Pois é, vivendo e aprendendo, as bandas boas nunca vão morrer, mas eu vou. Deixo abaixo dois vídeos de duas músicas que fazem parte do disco mais recente deles (esse aí da foto). Não se engane com o nome do álbum, a banda não suga da simplicidade do hardcore, na verdade o som é bem complexo.Sim, o nome do grupo tem haver como personagem Mogwai do filme Gremlins, aquele que era bonitinho e "do bem".






terça-feira, 5 de julho de 2011

Sonic Youth vem ao Brasil para tocar o álbum Daydream Nation na integra

1988 Geffen Records, produzido por Sonic Youth e Nicholas Sansano
Escolher um disco e fazer uma turnê em cima dele tornou-se algo comum, e parece que o Sonic Youth não quer ficar fora dessa. O Daydream Nation é o melhor álbum da banda segundo a critica, isso seria uma homenagem mais que justa.
Primeiro Thurston Moore afirmou, em entrevista, quem vem ao Chile perto do fim do ano, depois boatos sobre uma negociação com o SWU, agora essa do turnê Daydream Nation. É improvável que uma banda toque um disco de cabo a rabo em um festival grande, neste caso os shows costumam ser mais curtos. Então torçam para que o Sonic Youth se apresente fora do SWU, até por que seria triste vê-los tocando no mesmo festival que Snoop Dog e Black Eyed Peas (Senhor, quem é o curador do SWU?). Bom, são três dias de festival, vamos aguardar. Enquanto isso curta um trecho da ultima vez que estiveram aqui. O Altsongs estava lá e gravou duas músicas que fazem parte do Daydream Nation: The Sprawl e ‘Cross The Breeze com direito a garoa:

Novembro de 2009, Festival Planeta Terra no Playcenter:


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pornô: Um livro de Irvine Welsh

Lançado no Brasil pela editora Rocco em 2005

Trata-se da continuação de Trainspotting (1993). Dez anos depois Sick Boy volta para Edimburgo e decide montar uma produtora de filmes pornográficos, para isso, precisa da ajuda de seus velhos amigos. Pornô é explicito, excitante e às vezes até sarcasticamente bem humorado. Desta vez a narrativa se desenvolve em torno de cinco personagens, cada um com sua linguagem e perspectiva diferentes. São eles:

Sick Boy – Agora com 36 anos ele reforça sua visão empreendedora do mundo. Tem vocabulário acido, é preconceituoso, arrogante e praticamente um aspirador de pó quando o assunto é cocaína. A ideia é causar impacto na indústria pornográfica e levar seu primeiro filme para o festival de Cannes. Sick Boy assina como diretor do longa.

Nikki – É uma belíssima universitária de 25 anos. Tem obsessão em se tornar famosa, mas por enquanto trabalha batendo punhetas para velhos pervertidos em uma “sauna” no turno da noite. A garota é do tipo decidida, tem personalidade forte, é muito inteligente e maconheira. Ao conhecer Sick Boy é convidada para ser a estrela e roteirista do filme.

Mark Reton – Fugiu para Amsterdã onde é dono de uma boate. Lá, reencontra Sick Boy por acaso e recebe um convite para voltar á Edimburgo e ajudar na arrecadação de capital para o filme. Renton aceita, mas com muito receio já que seu inimigo número um está prestes a sair da prisão.

Francis Begbie – É um lunático extremamente violento e paranóico. Ele sai da cadeia em breve e só pensa em duas coisas: Descolar uma boa fóda e matar Mark Renton.Aqui é interessante a linguagem que Irvine Welsh usa, coloquial e cheia de gírias, procurando entrar na mente de um sujeito transtornado.

Spud – Agora frequenta reuniões dos narcóticos anônimos, tem um filho e esta escrevendo um livro sobre a história de seu bairro. Continua inocente e fazendo cagadas. Destaque para o capitulo em que ele e outro personagem fodem uma mulher drogada e suja de merda.

Trechos:
Capítulo 31: ". . . uma nádega decepada. . ."
Nosso apartamento em Tollcross está funcionando como uma fábrica.Baseados de haxixe e xícaras de café são consumidos um atrás do outro. Eu (Nikki) e o Rab estamos trabalhando no roteiro. A Dianne está perto da gente, concentrada nas anotações para sua dissertação e se divertindo com as risadinhas que damos enquanto digitamos lado a lado no processador de texto. Ela espia a tela de vez enquanto, solta rúidos de aprovação e ás vezes dá sugestões valiosas. Mais no canto, a Lauren, que também está fazendo um trabalho de faculdade, fica tentando nos constranger a seguir o exemplo dela e dar atenção aos estudos. Apesar de obviamente intrigada, se recusa a ver nosso roteiro. Eu e Rab ficamos provocando ela, sussurrando coisas como "boquete" e "no cu" e abafando risinhos, enquanto a Lauren fica cada vez mais vermelha e murmura "Fellini" ou "Powell e Pressburger". A Dianne acaba desistindo e recolhe as coisas dela. - Vou embora, não dá pra suportar - diz.
A Lauren nos olha indignada. - Eles estão incomodando você também?
- Não - responde a Dianne, desconsolada - é que cada vez que dou uma espiada fico excitada.Se escutarem um barulho de motor e gemidos vindos do meu quarto, já sabem o que estou fazendo.
A Lauren faz uma cara zangada, mordendo a lábio inferior. Se está incomodando tanto assim, por que ela não vai para o quarto dela? Quando finalmente terminamos o primeiro rascunho de cerca de sessenta páginas e o imprimimos, ela não consegue mais deter a curiosidade e se aproxima. Lê o título e va apertando a botão de descer a página, acumulando incredulidade r aversão à medida que lâ. - Isso é horrível. . . é nojento. . . é obsceno. . . e de um jeito que não é nem engraçado. Não há mérito de qualquer tipo aqui.É lixo! Não acredito que foram capazes de escrever uma imundície tão degradante e abusiva. . . - borbulha. - E você planeja praticar isso tudo com pessoas, com desconhecidos, vai deixar que façam essas coisas com você!
Me sinto quase na obrigação de dizer farei tudo exeto anal, mas e vez disso reajo com soberba, respondendo com uma citação que havia memorizado para uma ocasião dessas.- Adoraria saber o que é pior: ser violentada por uma centena de vezes por piratas, ter uma nádega decepada, ser linchada por búlgaros, chicoteada e enforcada em uma auto-da-fé, dissecada, acorrentada ao remo de uma galera; em suma, sofrer todos os suplícios pelos quais passamos - olho para o Rab, que diz em coro comigo -  ou ficar aqui sem fazer nada?
A Lauren sacode a cabeça. - Que besteira é essa agora?
O Rab se mete. - Isso é Voltaire, do Cândido -  explica.- Me surpreende que não saiba disso, Lauren - diz para nossa garota, que treme nervosa e acende um cigarro. - O que foi que o Cândido respondeu? - O Rab aponta o dedo para mim e declaramos juntos: - Essa é uma ótima pergunta!

Capítulo 76: Putas de Amsterdã, parte 11
Então escuto uma voz conhecida que me racha ao meio.Com uma força de vontade lancinante, olho para o outro lado da rua em sua direção.
Begbie.
Gritando no celular.
Então ele me enxerga e fica parado, com a boca aberta, bem em frente ao Central Bar. Está paralisado pelo choque. Nós dois estamos.
Então ele fecha bruscamente o telefone e ruge:
RENNTOOON ! ! !
Meu sangue gela.Tudo qe consigo enxergar é Frank Begbie atravessando a rua bem correndo bem na minha direção, com o rosto contorcido de raiva. É como se ele fosse passar reto por mim e acabar com a raça de algum outro coitado, porque ele não me conhece mais, não tenho mai nada haver com ele.Mas sei que é a mim que ele quer, e a coisa vai ser bem feia. Eu devia sair correndo, mas não consigo. Naqueles poucos segundos, minha vida se estilhaçou em milhões de pensamentos. Percebo como e inútil a ridícula a minha pretensa habilidade com artes marciais.Todos aqueles treinos e aquela prática não vão fazer diferença alguma, a expressão no rosto dele põe tudo isso por água abaixo.Não consigo abstrair nada, porque uma antiga ladainhs da minha infâcia se repete sem cessar no interior da minha cabeça: Begbie = Maldade = Medo. Minha capacidade de ação está totalmente paralisada. Aquelas partes de mim antecipam a simples adoção da postura wado ryu, bloqueando seu golpe, enterrando seu nariiz pra dentro de seu célebro com a palma da minha mão uo me desviando de sua investida e aplicando um cotovelaço em sua têmpora, sim, elas ainda estão presentes.Mas são impulsos débeis, facilmente soterrados pelo medo massacrante de não ser páreo pra ele.
Begbie está vindo bem para cima de mim e não posso fazer nada e esse respeito.
Não posso gritar.
Não posso implorar.
Não há nada que eu possa fazer.


Irvine Welsh

Se não quer, por que exibe as graças em vez de esconder?

O VAMPIRO DE CURITIBA
Dalton Trevisan
Ai, me dá vontade até de morrer. Veja, a boquinha dela está pedindo beijo – beijo de virgem é mordida de bicho cabeludo.Você grita vinte e quatro horas e desmaia feliz. É uma que molha o lábio com a ponta da língua para ficar mais excitante. Por que Deus fez da mulher o suspiro do moço e o sumidouro do velho? Não é justo para um pecador como eu. Ai, eu morro só de olhar para ela, imagine então se. Não imagine, arara bêbada. São onze da manhã, não sobrevivo até à noite. Se fosse me chegando, quem não quer nada.– ai, querida, é uma folha seca ao vento – e encostasse bem devagar na safadinha. Acho que morria: fecho os olhos e me derreto de gozo. Não quero do mundo mais que duas ou três só para mim. Aqui diante dela, pode que se encante com o meu bigodinho. Desgraçada! Fez que não me enxergou: eis uma borboleta acima de minha cabecinha doida. Olha através de mim e lê o cartaz de cinema no muro. Sou eu nuvem ou folha seca ao vento? Maldita feiticeira, queimála viva, em fogo lento. Piedade não tem no coração negro de ameixa.Não sabe o que é gemer de amor. Bom seria pendurála cabeça para baixo, esvaída em sangue.Se não quer, por que exibe as graças em vez de esconder? Hei de chupar a carótida de uma por uma.Até lá enxugo os meus conhaques. Por causa de uma cadelinha como essa que aí vai rebolandose inteira.Quieto no meu canto, ela que começou. Ninguém diga sou taradinho. No fundo de cada filho de família dorme um vampiro – não sinta gosto de sangue. Eunuco, ai quem me dera. Castrado aos cinco anos. Morda a língua, desgraçado. Um anjo pode dizer amém! Muito sofredor ver moça bonita – e são tantas. Perdoe a indiscrição, querida, deixa o recheio do sonho para as formigas? Ó, você permite, minha flor? Só um pouquinho, um beijinho só. Mais um, só mais um. Outro mais. Não vai doer, se doer eu caia duro a seus pés.Por Deus do céu não lhe faço mal – nome de guerra é Nelsinho, o Delicado.Olhos velados que suplica e fogem ao surpreender no óculo o lampejo do crime? Com elas usar de agradinho e doçura. Ser gentilíssimo. A impaciência é que me perde, a quantas afugentei com gesto precipitado? Culpa minha não é. Elas fizeram o que sou – oco de pau podre, onde floresce aranha, cobra, escorpião. Sempre se enfeitando, se pintando, se adorando no espelhinho da bolsa. Se não é para deixar assanhado um pobre cristão por que é então? Olhe as filhas da cidade, como elas crescem: não trabalham nem fiam, bem que estão gordinhas. Essa é uma das lascivas que gostam de se coçar. Ouça o risco da unha na meia de seda. Que me arranhasse o corpo inteiro, vertendo sangue do peito. Aqui jaz Nelsinho, o que se finou de ataque. Gênio do espelho, existe em Curitiba alguém mais aflito que eu? Não olhe, infeliz! Não olhe que você está perdido. É das tais que se divertem a seduzir o adolescente.Toda de preto, meia preta, upa lá lá. Órfã ou viúva? Marido enterrado, o véu esconde as espinhas que, noite para o dia, irrompem no rosto – o sarampo da viuvez em flor. Furiosa, recolhe o leiteiro e o padeiro. Muita noite revolvese na cama de casal, abanase com leque recendendo a valeriana. Outra, com a roupa da cozinheira, à caça de soldado pela rua. Ela está de preto, a quarentena do nojo. Repare na saia curta, distraise a repuxála no joelho. Ah, o joelho... Redondinho de curva mais doce que o pêssego maduro. Ai, ser a liga roxa que aperta a coxa fosforescente de brancura. Ai, o sapato que machuca o pé. E, sapato, ser esmagado pela dona do pezinho e morrer gemendo. Como um gato! Veja, parou um carro. Ela vai descer. Colocar-me em posição. Ai, querida, não faça isso: eu vi tudo.Disfarce, vem o marido, raça de cornudo. Atrai o pobre rapaz que se deite com a mulher. Contentase em espiar ao lado da cama – acho que ficaria inibido. No fundo, herói de bons sentimentos. Aquele tipo do bar, aconteceu com ele. Esse aí um dos tais? Puxa, que olhar feroz. Alguns preferem é o rapaz, seria capaz de? Deus me livre, beijar outro homem, ainda mais de bigode e catinga de cigarro? Na pontinha da língua a mulher filtra o mel que embebeda o colibri e enraivece o vampiro.Cedo a casadinha vai às compras. Ah, pintada de ouro, vestida de pluma, pena e arminho – rasgando com os dentes, deixála com os cabelos do corpo. Ó bracinho nu e rechonchudo – se não quer por que mostra em vez de esconder: –, Com uma agulha desenho tatuagem obscena. Tem piedade, Senhor, são tantas, eu tão sozinho.Ali vai uma normalista. Uma das tais disfarçada? Se eu desse com o famoso bordel. Todas de azul e branco – ó mãe do céu! – desfilando com meia preta e liga roxa no salão de espelhos. Não faça isso, querida, entro em levitação: a força dos vinte anos. Olhe, suspenso nove centímetros do chão, desferia vôo não fora o lastro da pombinha do amor. Meu Deus, fique velho depressa. Feche o olho, conte um, dois, três e, ao abrilo, ancião de barba branca. Não se iluda, arara bêbada. Nem o patriarca merece confiança, logo mais com a ducha fria, a cantárida, o anel mágico – conheci cada pai de família! Atropelado por um carro, se a polícia achasse no bolso esta coleção de retratos? Linchado como tarado, a vergonha da cidade. Meu padrinho nunca perdoaria: o menino que marcava com miolo de pão a trilha na floresta. Ora uma foto na revista do dentista. Ora na carta a uma viuvinha de sétimo dia. Imagine o susto, a vergonha fingida, as horas de delírio na alcova – à palavra alcova um nó na garganta.Toda família tem uma virgem abrasada no quarto. Não me engana, a safadinha: banho de assento, três ladainhas e vai para a janela, olho arregalado no primeiro varão. Lá envelhece, cotovelo na almofada, a solteirona na sua tina de formol.Por que a mão no bolso, querida? Mão cabeluda do lobisomem. Não olhe agora. Cara feia, está perdido.Tarde demais, já vi a loira: milharal ondulante ao peso das espigas maduras. Oxigenada, a sobrancelha preta – como não roer unha? Por ti serei maior que o motociclista do Globo da Morte. Deixa estar, quer bonitão de bigodinho. Ora, bigodinho eu tenho. Não sou bonito, mas sou simpático, isso não vale nada? Uma vergonha na minha idade. Lá vou eu atrás dela, quando menino era a bandinha do Tiro rio Branco.Desdenhosa, o passo resoluto espirra faísca das pedras. A própria égua de Átila – onde pisa, a grama já não cresce. No braço não sente a baba do meu olho? Se existe força do pensamento, na nuca os sete beijos da paixão.Vai longe. Não cheirou na rosa a cinza do coração de andorinha. A loira, tonta, abandonase na mesma hora. Ó morcego, ó andorinha, ó mosca! Mãe do céu, até as moscas instrumento do prazer – de quantas arranquei as asas? Brado aos céus: como não ter espinha na cara? Eu vos desprezo, virgens cruéis. A todas poderia desfrutar – nem uma baixou sobre mim o olho estrábico de luxúria. Ah, eu bode imundo e chifrudo, rastejariam e beijavam a cola peluda. Tão bom, só posso morrer.Calma, rapaz: admirando as pirâmides marchadoras de Quéops, Quéfren e Miquerinos, quem se importa com o sangue dos escravos? Me acuda, ó Deus. Não a vergonha, Senhor, chorar no meio da rua. Pobre rapaz na danação dos vinte anos. Carregar vidro de sanguessugas e, na hora do perigo, pregálas na nuca? Se o cego não vê a fumaça e não fuma, ó Deus, enterrame no olho a tua agulha de fogo. Não mais cão sarnento atormentado pelas pulgas, que dá voltas para morder o rabo. Em despedida – ó curvas, ó delícias – concedeme a mulherinha que aí vai. Em troca da última fêmea pulo no braseiro – os pés em carne viva. Ai, vontade de morrer até. A boquinha dela pedindo beijo – beijo de virgem é mordida de bichocabeludo.Você grita vinte quatro horas e desmaia feliz.


Uma das raras imagens do escritor curitibano


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Isolamento é uma dádiva

Nem Tente
Charles Bukowski

"Se você for tentar, tente de verdade. Caso contrário nem comece. Isso pode significar perder namoradas, esposas, parentes e empregos. E talvez a sua cabeça. Isso pode significar não comer nada por três ou quatro dias. Isso pode significar congelar num banco de praça. Isso pode significar gozação. Isso pode significar escárnio isolamento. Isolamento é uma dádiva. Todo o resto é teste de sua resistência. De quanto você realmente quer fazer isso, enfrentando rejeições das piores espécies. E isso será melhor do que qualquer coisa que você já imaginou. Se você for tentar, tente de verdade. Não há outro sentimento melhor que isso. Você estará sozinho com os deuses. E as noites vão arder em chamas. Você levará sua vida direto para a risada perfeita. E esta é a única boa briga que existe.”




A música e meus 20 anos

Vídeo acadêmico dos alunos de Jornalismo da Universidade de Sorocaba. Quatro entrevistados contam suas experiências com a música e mostram quais foram as suas influências.
Continua. . .