sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Arctic Monkeys "paga pra ver" em novo álbum

Lançado em junho de 2011 pela Domino Records
She's Thunderstorms
Black Treacle
Brick By Brick
The Hellcat Spangled Shalalala
Don't Sit Down 'cause I've Moved Your Chair
Library Pictures
All My Own Stunts
Reckless Serenade
Piledriver Waltz
Love Is A Laserquest
Suck It And See
That's Where You're Wrong 

Logo de inicio o titulo do disco parece algo ofensivo, “Suck It and See” traduzido ao pé da letra significa “chupa essa”. Justamente por isso a capa do álbum foi censurada nos Estados Unidos, lá o produto chega às lojas com uma tarja em cima da palavra Suck. Alex Turner, cantor e principal letrista da banda, se defende afirmado que na terra da rainha o termo “Suck It and See” significa pague pra ver. Com tarja ou não vamos ao disco:
É praticamente a continuação de Humbug (2009), ou seja, aquele som de garagem, veloz e com bateria agressiva que se escutava nos dois primeiros discos ficaram de lado. Baladas e canções soturnas dão forma ao novo álbum. “Library Pictures” é uma das únicas músicas que tem um pouco do passado do Arctic Monkeys. “All My Own Stunts” representa bem o clima do disco, melódica, de estilo dark e sem a velha pegada roqueira da banda. “Piledriver Waltz” e “Love Is A Laserquest” são belíssimas baladas que lembram “Cornerstone” do Humbug. Já “She's Thunderstorms” mistura o velho e o novo Arctic Monkeys, exatamente por isso que muitos consideram o disco desconexo. Entre os destaques ainda temos a faixa “Suck It and See”, aqui fica nítido que Alex Turner gosta muito das canções do Morrissey.
O quarto trabalho da banda é um ótimo disco que fala basicamente de amor e vale tanto a pena quanto seus antecessores, mas lembre-se do seguinte: O Arctic Monkeys é praticamente outra banda.

Abaixo os dois primeiros singles:




 

2 comentários:

cynthia disse...

Realmente,o Arctic mudou muito de 2006 pra cá.É mais do que notável até mesmo pra qualquer leigo.Mas quero dizer que gosto muito dessa mudança o que,na verdade,eu vejo como uma evolução. Tanto sonora quanto em letras.
Eles começaram com músicas barulhentas- o que no começo me afastou muito de ouvir algo além do que Fake Tales of San Francisco!- onde diziam que apostavam que 'aquela' garota ficava ótima numa pista de dança e agora Alex diz coisas de amor e alguns devaneios de quem se tem 20 e poucos anos.
Acompanho algumas bandas desde os primeiros albuns,mas os Arctics são os que mais me surpreenderam,pois não dá pra caras que começam a chegar na metade desses 20 poucos cantando coisas de adolescentes e com berros esgarniçados.Alex se prova um ótimo compositor,sensível e por vezes de um romantismo que não se vê hoje em dia pra quem não está nem perto dos 30!
Vamos ver onde 'nossos' Macacos do Ártico chegarão nesta evolução.Torço para que não morram congelados por egos ou qualquer outras coisa.
Gostei da crítica!

Cynthia

Wemerson disse...

Cynthia, concordo.O tempo passa as letras mudam, o jeito de tocar muda.
Obrigado por comentar!