Com o lançamento de Comedown Machine, em 2013, a banda deixa bem claro não quer mais ser aquele Strokes de 2001. Gostem ou não, o grupo busca novos caminhos com o disco mais recente. O fato é que isso vem acontecendo desde First Impressions of Earth (2005) e Angles (2011). Comedown Machine só confirma essa tendência. Já os dois primeiros álbuns da banda, Is This It (2001) e Room on Fire (2003), fazem parte de um passado que o grupo parece não ter saudade.
Saudosismo à parte, o que temos é um bom disco. O tecno-brega, muito presente no antecessor Angles, ficou um pouco de lado. É o que vemos nas faixas All the Time e 80s Comedown Machine que resgatam o antigo espírito garageiro da banda, são canções que não têm na contra a guitarra. Coisa rara atualmente. Já One Way Trigger e Welcome to Japan trazem o lado agradável do tecno-brega, são ótimas músicas dançantes e com direito a falsete, que muitos não gostam, mas são duas belíssimas faixas. A melancolia não fica de fora, claro. Mas é um disco que vale a pena. Os ouvidos mais atentos conseguem perceber toda a sensibilidade de Julian Fernando Casablancas exposta através de boas letras. Sem mais papo furado você pode escutar o álbum na integra logo abaixo. Sem preconceito e saudosismo, caro leitor. Caso contrário nem comece.
Um comentário:
Existem bandas que ficam se repetindo disco após disco e isso, para um fã um pouco mais crítico, acaba ficando chato e faz perder a graça. Mas no caso dos Strokes, acho que eles se desprenderam rápido demais da sonoridade original (em número de discos). Se seguissem mais ou menos a linha do First Impressions of Earth, pelo menos, faria mais sentido pra mim.
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